2CELLOS: OS 2 DOIS COM VINTE E POUCO AGITANDO, FAZENDO VIOLONCELLO LEGAL
Por Lindsay Rothfeld (mashble.com )
"Bem-vindos ao 'Throwback Tunesday', onde Mashable amplifica os ecos do passado da música. Com as tendências de gênero e retrocessos, sintetizamos música e nostalgia.
Tentar descrever 2CELLOS em apenas algumas frases é simplesmente impossível. Eles são mais do que apenas uma dupla de amigos que tocam cello - eles criam um mashup moderno de que quebra os limites do rock, do pop e da música clássica. E, você não pode apreciar plenamente o talento que Luka Sulic e Stjepan Hauser colocam na mesa até que você os assista ao vivo , seja em um de seus vídeos do YouTube, que já acumularam dezenas de milhões de visualizações ou pessoalmente (que realmente sugiro que você o faça).
A dupla croata ganhou fama depois que eles colocar um cover viral de "Smooth Criminal" no YouTube em 2011. Desde então, eles já lançaram três álbuns, foram em turnê com o Sir Elton John , apareceram em programas como Glee , The Ellen DeGeneres Show ,The Tonight Show with Jay Leno, Today Show e esta semana vieram ao vivo ao escritório do Mashable. E nós podemos lhes dizer em primeira mão que estes violoncelistas sabem agitar.
Após destruirem seus arcos apresentando algumas baladas e de rock clássico - "Thunderstruck", "Welcome to the Jungle" e "Smells Like Teen Spirit" - Sulic e Hauser sentaram-se com Mashable para falar sobre seu processo, inspiração e a incrível viagem até agora.
Q & A com 2CELLOS
Por que vocês escolheram o violoncelo para tocar ainda crianças?
Stjepan: Eu ouvi no rádio quando eu era pequeno, e o som era tão caloroso, tão mágico. Eu imediatamente me apaixonei. Era um som lento bonito. Soou como uma voz humana, tão suave e gentil.
Luka: Eu comecei quando eu tinha 5 anos, meu pai era um violoncelista também. Foi assim que eu comecei - eu não tive escolha. Ele já foi a minha maior paixão, e eu nunca pensei em fazer outra coisa.
Os dois se conheceram por volta dos 14 anos?
S: Nós fomos considerados rivais.
L: Porque nós éramos ambos jovens violoncelistas ambiciosos do mesmo país. Nós estávamos indo para competições e masterclasses, praticando como loucos. Éramos na verdade bons amigos, mas ainda existe essa rivalidade entre nós de quando nós tocamos ou saímos.
S: Mas é saudável, porque nós incentivamos um ao outro...
L: ... quem recebe mais likes no Facebook.
Quem está ganhando?
S: Quando você está entediado, ele está ganhando.
Então, o que faz com que vocês juntem forças?
S: É porque somos grandes amigos, mas há sempre essa tensão, muita empolgação e energia. Nós sempre quisemos tocar juntos, mas não tínhamos tempo porque estávamos estudando em países diferentes. Então ele foi estudar em Londres.
Vocês tem uma grande química e estão tão em sintonia. É algo que estava lá desde o início, ou tiveram que trabalhar nisso?
L: Isso veio naturalmente. Nós somos muito diferentes, mas completamos um ao outro muito bem, e nós naturalmente sentimos o que o outro vai fazer.
S: Foi assim desde o primeiro momento.
Como a mistura de gêneros começou?
S: Nós só queríamos mostrar que a música é universal. Pra que dividir em categorias? Isso não fazia sentido para nós. E o cello tem tantas possibilidades, então nós tentamos fazer alguma coisa empolgante.
L: Nós estávamos curtindo em Londres, pensando no que poderíamos fazer. Nos sentíamos restritos no mundo da música clássica, que tem certas regras. Nós queríamos quebra-las e fazer algo diferente, como um tipo de revolução.
S: A revolução do cello.
L: Eu acho que isso é bom, também, para a música clássica em geral, porque nós a incluímos nos shows, e tocamos para platéias maiores, então apresentamos a música clássica para elas da mesma forma.
Vocês começaram a ganhar publicidade depois de postar o vídeo de Smooth Criminal no YouTube, e tiveram algo acima de 3 milhões de visualizações nas duas primeiras semanas. Vocês podem me levar de volta para aquela época. Como foi receber tantas visualizações de repente?
S: Tudo o que nós podíamos imaginar aconteceu. Foi maravilhoso.
L: Na verdade, foi um pouco estressante porque nós fomos jogados de estudantes do mundo da música clássica para os holofotes subitamente. Show business é muito diferente, nós recebemos cerca de 100 e-mail por dia.
S: Por dia? Em cinco minutos. Nós só tínhamos essa música e mais nada, nem assessoria, nem nada.
L: Por sorte nós conhecemos as pessoas certas na hora certa. E, também, Elton John nos descobriu e nos contratou para sua assessoria e nos ajudou a passar por tudo isso... nós tivemos sorte por termos conseguido desenvolver de sensação do YouTube para algo mais. Nós assinamos com a Sony, e nosso terceiro álbum acabou de sair, e o segundo foi cheio de colaborações.
Quando vocês chegam com novas músicas para fazer cover, como isso funciona? Como vocês escolhem?
L: Para este ábum, tudo começou com “Thunderstruck”. Ela veio um ano atrás, e nós ficamos tão felizes com o feedback das pessoas, e isso é quando combinamos coisas clássicas com hard rock, combinando dois mundos e quebrando fronteiras. Aquilo define o conceito do álbum todo. Nós tentamos pensar em quais faixas se encaixariam esse material clássico. “Thunderstruck” nos custou três meses para os arranjos finais. Algumas vêm muito rápido. Nós sugerimos músicas um para o outro e vemos.
E quando vocês discordam?
L: É bom dar ideias bobas.
S: Na primeira vez que eu sugeri “Wake Me Up”, ele disse“ Não vamos fazer essa.” Um ano depois ele disse, “Okay, vamos fazer essa.”
L: Sim, eu acordei.
Seus vídeos são inacreditáveis – não só espantosos musicalmente, como também muito divertidos. Como o conceito de “Wake Me Up” surgiu?
S: É como a nossa vida... autobiográfico.
L: Muitos dos nossos vídeos têm um significado autobiográfico. Quando nós vamos pro estúdio gravar uma faixa, pensamos no conceito do vídeo ao mesmo tempo. Quando fizemos o arranjo de “Wake Me Up”, é normal no ínicio, depois dance music, e o meio é clássico – então dissemos, “ Vamos fazer uma história como quando éramos crianças e fugimos da escola de música como rebeldes, e no tempo atual curtindo com garotas, e depois quando a parte clássica começa, nós fazemos uma caracterização para parecermos velhos e vamos para um asilo e tocamos clássico e começamos a agitar e os velhos curtem com a gente”. Nós pensamos em ideias diferentes e fazemos acontecer, eu acho.
O que vocês acharam de sua aparência com a caracterização?
S: Eu espero que me pareça com ela.
L: Espero que eu não.
Vocês acham que estarão vocês dois, ainda tocando juntos quando estiverem velhos e grisalhos?
L: Nós esperamos fazer isso enquanto pudermos.
S: Sim, continuar curtindo enquanto pudermos. Devemos manter essa criança em nós para sempre.
Vocês também tem uma música autoral neste álbum, “Celloverse”. Como foi criar uma música própria?
L: Nós queríamos quebrar a rotina de gravar outros arranjos, então viemos com os riffs e a melodia, e depois de gravarmos, soou como viajar através do universo, como quando você morre e sua alma vai subindo. A palavra [Celloverse] foi mencionada nas redes sociais. Então nós demos nome ao álbum após essa música. Muitos fãs dizem que esta é sua faixa favorita, o que é animador. Nós queremos fazer mais originais.
Vocês estiveram viajando e promovendo o álbum por um tempinho agora?
L: Primeiro fomos para a Autrália, depois para o Japão, e lá comemoramos nosso quarto aniversário de quando “Smooth Criminal” foi lançado. Dia 20 de janeiro é agora, oficialmente , dia de 2Cellos no Japão.
A performance de vocês hoje foi muito intensa. Quantos arcos vocês quebram por semana?
L: Na verdade, eu destruí um durante esta filmagem.
Confiram o original e ainda a dupla tocando com exclusividade Thunderstruck, Welcome to Jungle e Smells Like Teen Spirit para a mashable: AQUI